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Infecção pelo vírus HPV e Câncer de colo uterino

 

No mundo, o câncer de colo de útero ocupa a segunda colocação. No Brasil, ocupa a terceira posição entre as neoplasias malignas nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele e de mama.

As pesquisas demonstram que a faixa etária de maior incidência da patologia é a de 35 a 55 anos, estando intimamente relacionada com a infecção pelo vírus HPV.

O diagnóstico precoce é feito por rastreamento populacional com exames, citopatológicos, colposcopicos e histopatológicos (padrão ouro). No Brasil, faz-se o rastreamento por meio do exame Papanicolaou.

 Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Os vírus de alto risco estão associados a lesões pré-cancerosas  e são os  tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade.

Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV  em algum  momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens.

A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero.O melhor método para evitar as infecções por HPV é a prevenção,que pode ser feita através da camisinha e atualmente a vacina.

A camisinha,diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

A indicação atual da vacina é para a população feminina de 9 a 26 anos, contra os vírus HPV tipos 6, 11, 16 e 18, idealmente  para mulheres que não iniciaram atividade sexual.

 

FABIANA BARP CREMA BERNARDI-CRM9724

DOUTORA EM MEDICINA

ESPECIALISTA EM GENITOSCOPIA

 
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